terça-feira, 16 de agosto de 2016

Beleza

O Belo é algo muito pessoal, mas pode ser aprendido. Abra seus olhos e enxergue a beleza simples que o rodeia. A beleza está nas pequenas coisas, nos momentos mais simples do seu dia. Exercite seu olhar, sua escuta, seu tato, todos os seus sentidos, passe a sentir o mundo por completo e com prazer. Tenha prazer e fique feliz por tudo que fizer, faça o seu melhor, dê o seu melhor. Se você se doar 100% irá ganhar como retorno 100% do outro também. Logo seja feliz e veja a beleza que está ao seu redor, enxergue a beleza de seu amor.
Foto: ThiLopes - 2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Dinâmica: Caminho da Floresta




Se desligue do mundo.

Limpe seus pensamentos.

Respire fundo... Inspire pelo nariz e expire lentamente pela boca.

Você está em um caminho. Como é esse caminho?

Você está sozinho agora. Caminhe em frente.

Olhe esse caminho, observe todos os detalhes que existem nele.

Continue seguindo por esse caminho.

Durante essa caminhada, quais cheiros você sente?
Sinta a brisa leve que bate em direção ao rosto de forma agradável.

Pare! Olhe! Há uma casa no fim desse caminho.

Agora, pare em frente a essa casa, observe-a.

Como é essa casa?
Olhe que porta interessante, observe os entalhes na porta.
Tem algo escrito no tapete. O que está escrito?
 A porta está fechada... trancada.
Embaixo do tapete há uma chave. Como é essa chave?

Agora, abra a porta. Entre!

Observe o ambiente. Como é essa casa?

Observe os móveis.

Tem fotos pela casa? O que elas mostram?

Ande pela casa, explore.

Um barulho no quarto. Vá olhar! 

Abra a porta e entre!

Sério? É você que está aqui?
Faz algum tempo que não nos vemos.

Vá até essa pessoa. Quem é?

Olhe. Abrace. Sinta essa pessoa.
Muita coisa para contar e pouco tempo.

Está ficando tarde. Você deve despedir-se e ir embora.

Se despeça desta pessoa.

Saia pela porta.
Feche-a e use a chave para trancá-la.

Agora, você tem uma escolha a fazer.
Deixar a chave onde a encontrou ou leva-la consigo.

Volte pelo caminho.
Algo mudou?
Respire fundo...
Abra os olhos...
Sente-se de forma confortável.
-- A partir desse momento pode montar uma roda para compartilhar sensações e sentimentos. Faça explanações e questionamentos para estimular que os participantes compartilhem.
(Texto adaptado por Thiago Lopes de Lima)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

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Thiago Lopes de Lima


Artigo: Teorias da Aprendizagem

Teorias da Aprendizagem
Thiago Lopes de Lima*
Introdução
            Dominar o conhecimento sobre as teorias da aprendizagem é fundamental para quaisquer profissionais da educação. Conhecer às “regras” que regem cada teoria é importante, contudo saber a hora de contorna-las é ainda mais necessário para uma prática eficaz e significativa. Ao longo da história da educação surgiram teorias que apresentaram visões bem distintas dos papeis do professor e do aluno frente a aprendizagem.
            Em cada teoria há seus expoentes, pensadores que norteiam a teoria, dando-lhe uma aplicabilidade mais prática. Cabe deter-se nas abordagens comportamentalista, cognitivista, humanista e sociocultural e seus principais teóricos. Assim, explanar sobre as teorias da aprendizagem não é uma tarefa fácil, pois não são estanques, e sim, surgiram a partir de mudanças gradativas necessárias para uma evolução, vicissitudes imprescindíveis para uma quebra de paradigmas.
            Logo, ao discorrer sobre o tema é trazer à tona e refletir que pontos favoreceram para o fortalecimento ou declínio das teorias da aprendizagem. Além de expor o que os pensadores mais atuais apresentaram como contribuições para estas teorias. Todavia, ao compreender a ação pedagógica como algo que possui um ritmo próprio, verifica-se que toda teoria possui lacunas, muitas vezes preenchidas com práticas alternativas que estrai o melhor de uma teoria da aprendizagem mesmo que essa não faça parte de todo o processo de aquisição do conhecimento no âmbito que se está inserido.

Abordagem Comportamentalista
            A abordagem comportamentalista, mais conhecida como Behaviorismo, centra-se na observação do comportamento e na resposta ao estímulo do meio, logo, a aprendizagem ocorre a partir da mudança no comportamento do sujeito. A teoria comportamentalista recebeu grande influência da filosofia positivista, por basear-se em observações empíricas e a influência do meio sobre as ações do indivíduo. Para os comportamentalistas há uma relação intrínseca entre o meio e o comportamento, em que o sujeito responde aos estímulos do seu entorno. Entre os pensadores dessa teoria, pode-se destacar: Ivan Pavlov (1849 – 1936), Edward Thorndike (1874 – 1949), John Watson (1878 – 1958) e Skinner (1904 – 1990).
            Nesta abordagem o papel do professor é criar um comportamento a partir de uma série de estímulos, além da repetição mecânica que leva à memorização, e assim a aprendizagem. Logo o foco está nos conteúdos e no professor, que detêm o conhecimento e o transmite ao aluno, levando a um modelo de aprendizagem mecanicista e receptiva. Já o aluno é visto como um sujeito passivo, que recebe os estímulos do professor e através da memorização se estabelece a aprendizagem. Percebe-se que o professor é um instrutor que modela o comportamento e o aluno um receptor passivo que é modificado através de um estímulo X esperando uma resposta X.
            Assim como cita José Alex Soares Santos[1] “(...) o Behaviorismo desenvolveu-se num conteúdo em que a Psicologia buscava sua identidade como ciência, enfatizando o comportamento em sua relação com o meio. ” Logo, observa-se essa teoria um tanto generalista, pois a partir de um estímulo, esperava-se que o grupo tenha a mesma resposta, sem levar em consideração as individualidades de cada sujeito aprendente.
Ivan Pavlov (1849 – 1936)
            Ficou conhecido pelo seu trabalho que evidenciou o papel do condicionamento na psicologia do comportamento. Pavlov ao estudar a produção de saliva que o cachorro apresentava frente a estímulos gustativos diversos, percebeu que ao receber o estímulo, o cachorro saliva, assim ganhava a recompensa, depois de um tempo, o cachorro recebia o estímulo e salivava, mesmo que não ganhasse sua recompensa. Pavlov chamou esse mecanismo de condicionamento clássico, em que as respostas podiam ser inatas, reflexos incondicionados, e os reflexos condicionados, implantado no sujeito a partir de estímulos direcionados à sua resposta esperada.
Edward Thorndike (1874 – 1949)
Thorndike foi o principal representante do Associacionismo[2], percebeu que um ser vivo ao passar por uma experiência/estímulo agradável tenderá a repeti-lo, buscando a mesma experiência de satisfação, logo sempre que passar pelo mesmo estímulo, seu corpo se preparará para uma resposta já incorporada. Foi um grande expoente da Psicologia na América do Norte.

John Watson (1878 – 1958)
            É considerado o fundador do behaviorismo ocidental, propôs a  quebra da separação entre a psicologia animal e a psicologia humana, pois defende que os procedimentos da psicologia animal poderiam abrir novos caminhos para a compreensão do comportamento humano. Seu trabalho com a psicologia animal teve influência direta dos experimentos de Ivan Pavlov, porém defende o uso dos conceitos da psicologia animal para a compreensão do comportamento humano. Watson desconsiderava a influência da biologia e da hereditariedade, por acreditar que todos os animais (incluindo os humanos), são predispostos a responder aos estímulos, sendo condicionados por ele, criando marcas e sendo incorporados pelo animal, de acordo com uma ciência mais objetiva, não se preocupando com o sujeito subjetivo, pois o indivíduo e o que ele faz é o meio determina.
Skinner (1904 – 1990)
            Provavelmente o mais conhecido representante do behaviorismo, principalmente no Brasil. Estudou a relação entre o estímulo e a resposta na modificação do comportamento humano. Diferencia-se de Pavlov ao sugerir o conceito de condicionamento operante, em que o estímulo é focado buscando uma resposta positiva, através de um reforço positivo ou uma resposta negativa, através de uma punição, contudo dependem da natureza do estímulo e que mudança pretende realizar. Skinner apresenta dois tipos de comportamentos: o reflexo com respostas involuntárias e o operante que é uma resposta no organismo a partir de um reforço positivo ou negativo, diferenciado e repetitivo, afim de modelar o comportamento.

Abordagem Humanista
            Nesta abordagem propõe que o desenvolvimento do sujeito seja completo, valorizando o cognitivo, o motor e o afeto nos processos de ensino e aprendizagem. Logo o foco está no aluno, levando em conta a subjetividade de sujeito. O humanismo tenta dissuadir a ideia de um indivíduo mecânico, que é a expressão de uma aprendizagem cientificista, assim, esta teoria surge para contrapor o behaviorismo.
            O papel do professor nesta abordagem é explicado por MIzukami (2003, p. 38) em seu livro Ensino: as abordagens do processo,
“O professor em si não transmite conteúdo, dá assistência, sendo facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências dos alunos. A atividade é considerada um processo natural que se realiza através da interação com o meio (...). O professor não ensina: apenas cria condições para que os alunos aprendam. ”

            No Brasil os dois teóricos mais difundidos foram Alexander Sutherland Neill (1883 – 1973) e Carl Rogers (1902 – 1987).
A. S. Neill (1883 – 1973)
            Educador progressista, da Escócia, fundador da Escola Summerhill. Acreditava que o aluno deve desenvolver suas emoções, tanto quanto o intelecto. Assim, um sujeito emocionalmente maduro e seguro estará mais propenso a um desenvolvimento completo. O aluno deve ter autonomia para que a aprendizagem aconteça, Neill não acreditava que castigos e recompensas em relação aos processos de ensino e aprendizagem, pois o ensino não deve estar atrelado a eles, principalmente em relação a auto estima, pois, a recompensa viria a parir do sucesso do aluno e o castigo com o fracasso.
Carl Rogers (1902 – 1987)
            O ‘ensino centrado no aluno’ é a base de sua teoria, contudo a relação com o meio onde se está inserido, exerce grande influência nos processos de ensino e aprendizagem. Mizukami (2003, pg. 41) coloca que,
“Para Rogers a realidade é um fenômeno subjetivo, pois o ser humano reconstrói em si o mundo exterior, partindo de sua percepção, recebendo os estímulos, as experiências, atribuindo-lhes significado. Em cada indivíduo, há uma consciência autônoma e interna que lhe permite significar e optar, e a educação deverá criar condições para que essa consciência se preserve e cresça. ”

            Propondo uma abordagem centrada no aluno, o professor não deve interferir diretamente nos processos de ensino e aprendizagem, agindo como um facilitador ou mediador. E o aluno, um sujeito ativo, é o agente principal no seu aprendizado.

Abordagem Cognitivista
            A abordagem cognitiva tem como característica a investigação dos processos mentais, que são empiricamente difíceis de serem estudados, o que diz respeito a construção de novos conhecimentos. Essa abordagem foca em aspectos biológicos e cognitivos, presentes nos processos de ensino e aprendizagem. Mizukami (2003, p 59), coloca que,
“O termo “cognitivista” se refere a psicólogos que investigam os denominados “processos centrais” do indivíduo, dificilmente observáveis, tais como organização do conhecimento, processamento de informações, estilos de pensamento ou estilos cognitivos, comportamentos relativos à tomada de decisões etc.”

Jean Piaget (1896 – 1980)
            Nesta abordagem, Piaget pode ser considerado como expoente principal, salientando que a aprendizagem passa e é influenciada pelos fatores biológicos e também que o sujeito deva agir e estar ativo no que se relaciona aos seus processos de ensino e aprendizagem. Logo, há uma proposta de integralidade nesta teoria, pois a aprendizagem acontecerá após o sujeito passar pelos processos de desequilíbrio, assimilação, acomodação encontrando novamente um ponto de equilíbrio, assim construindo e se apropriando de um novo conhecimento. Focando também no caráter social, que faz parte dos processos de ensino e aprendizagem, utilizar o conhecimento prévio do aluno e sua vivência no meio onde está inserido, formará um sujeito social e ativo, que atuará diretamente sobre sua aprendizagem. Pode-se compreender que para Piaget, os processos de ensino e aprendizagem acontece da seguinte forma:
           Piaget compreende e conceitua o conhecimento como sendo a relação entre o sujeito e o objeto, contudo ressalva que este sujeito deve estar pronto e maduro biológica e cognitivamente. Para uma melhor compreensão, Piaget descreveu uma série de estágios pelos quais as crianças passam.
· Sensório-motor (0 – 2 anos): nesta etapa desenvolve-se o conceito de permanência do objeto, construindo esquemas sensório-motor, o sujeito será capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas.
· Pré-operatório (2 – 7 anos): este estágio a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. Idade dos porquês e do faz de conta, surge a linguagem.
· Operatório-concreto (7 – 11 anos): a criança começa a construir conceitos mais complexos, através das estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, não realiza abstrações, pois ainda está preso a conceitos concretos.
· Operatório-formal (+ 11 anos): é a fase em que o adolescente constrói o pensamento abstrato, conceitual, trabalha com hipóteses, diferentes pontos de vista, é sendo capaz de pensar cientificamente. Contudo, é importante lembrar que “Para Piaget, o conhecimento científico está em constante evolução” (Mizukami, 2003, p.68).
Piaget nos coloca que o professor deve “desequilibrar” os esquemas já existentes dos alunos, para que eles, atuando ativamente nos seus processos de ensino e aprendizagem, construam novos conhecimentos, encontrando um ponto de equilíbrio e acomodando esse novo saber. Assim, como afirma Mizukami (2003, p. 71), “A educação, portanto, é condição formadora necessária ao desenvolvimento natural do ser humano. ”

Abordagem Sociocultural
            No Brasil, o principal representante dessa abordagem é Paulo Freire em seu foco na cultura e na educação popular. Vygotsky e Piaget também contribuíram para o desenvolvimento dessa abordagem, Piaget defende que o professor não é o único detentor do conhecimento, e sim, faz parte de um processo mais complexo de construção do conhecimento. Vygotsky destaca a influência do meio nos processos de ensino e aprendizagem. O sujeito é formado para que possa se utilizar do que a sociedade oferece, contudo é uma via de mão dupla, pois é necessário que este indivíduo também contribua para o desenvolvimento do meio onde está inserido.
            Essa abordagem coloca que o sujeito traz consigo já conhecimentos e é a partir deles que o professor deve trabalhar, ampliando e desenvolvendo, fazendo com que o aluno atue e seja um agente da sua própria aprendizagem. Mizukami (2003, p.94) confirma a importância do sujeito como protagonista de sua aprendizagem.
“Toda ação educativa, para que seja válida, deve, necessariamente, ser precedida tanto de uma reflexão sobre o homem como de uma análise do meio de vida desse homem concreto, a quem se quer ajudar para que se eduque. O homem se torna, nesta abordagem, o sujeito da educação. “

Paulo Freire (1921 – 1997)
            É o Patrono da Educação Brasileira, considerado um dos pensadores que mais influenciou o pensamento educacional brasileiro e também no mundo. Freire focou na educação popular, principalmente com os indivíduos que viviam ás margens da sociedade. Trabalhando a partir dos conhecimentos prévios do aluno e fazendo com que o aluno fosse protagonista de seu desenvolvimento educacional, seu objetivo era contribuir para que o sujeito seja crítico e atuante na sociedade. Paulo Freire era contrário, ao que chamou, de educação bancária, em que o professor é o detentor do saber e deposita esse conhecimento no aluno que vinha de um estado de ignorância. Ele propôs uma visão mais crítica dos processos de ensino e aprendizagem.
Vygotsky (1896 – 1934)
            Para Vygotsky a linguagem tem um papel fundamental nos processos de ensino e aprendizagem. Pois é a partir da linguagem que o sujeito se relaciona com o meio onde está inserido. Vygotsky não criou uma metodologia de trabalho, mas ofereceu uma reflexão sobre a aquisição de novos conhecimentos, possibilitando que o educador possa transcender suas práticas arraigadas, por uma prática que envolva o aluno nesse processo de desenvolvimento cognitivo. Ele propôs o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, que pode ser compreendida, como sendo a diferença entre o que o sujeito já sabe e domina, do que ele é capaz de fazer, suas potencialidades. Outro conceito trazido por Vygotsky é o da Plasticidade Cerebral, em que o cérebro é capaz de se modificar para suprir às necessidades do indivíduo. Pois acreditava que o funcionamento cerebral é a base de todas as funções psicológicas que são adquiridas ao longo do tempo. Também nos traz que ideia de um equilíbrio na relação entre aluno e professor, em que o professor oferece os meios e acompanha o aluno no seu desenvolvimento. Nesse sentido Mizukami (2003, p. 99) afirma que,
“A relação professor – aluno é horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real é necessário que o educador se torne educando e o educando, por sua vez, educador. Quando esta relação não se efetiva, não há educação. O homem assumirá a posição de sujeito de sua própria educação (...)
       Um professor que esteja engajado numa prática transformadora procurará desmitificar e questionar, como aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem e cultura deste, criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura.”

Essa abordagem mostra a importância de um sujeito ativo na sua aprendizagem e que o meio que o influencia, logo o conteúdo que já foi incorporado pelo sujeito é a base para a construção de novos conhecimentos.

Considerações Finais

            A educação é a chave para uma sociedade crítica e atuante, contudo a ignorância auxilia na manutenção do poder de uma pequena parcela que se beneficia, tirando proveito de uma parte da sociedade que já sofre com suas próprias mazelas. A educação deve contribuir para a formação de sujeitos críticos, que colaborem para uma mudança qualitativa social.
            Percebe-se que ao longo da história houve uma necessidade de avanço e que o sujeito fizesse parte e tomasse frente no que se relaciona aos processos de ensino e aprendizagem. O sujeito agora mais autônomo deve escrever, ser o protagonista de sua própria história, deve ter sede pelo conhecimento e sobretudo ter clareza de como utilizar esse saber.
            Esse sujeito deve ser capaz de refletir sobre o que lhe é passado, não ficando passivo, aceitando tudo como verdades absolutas. Nesse sentido, as teorias cognitivas abriram um espaço importante, principalmente, para o desenvolvimento integral do sujeito. Com o passar dos tempos houve a necessidade de valorizar o indivíduo que aprende, ultrapassando a visão de um ser humano passivo, vazio, esperando o conhecimento já pronto. Esse indivíduo que passou a ser valorizado é ativo, que atua diretamente e é o protagonista nos seus processos de ensino e aprendizagem, refletindo sobre esse processo, o indivíduo construirá conhecimentos significativos, que servirão de base para o seu desenvolvimento cognitivo e também social.
            Por fim ter o domínio e conhecimento sobre as teorias de aprendizagem é fundamental para aquele profissional que almeja fazer uma diferença na vida de seu aluno. Utilizar uma teoria que valoriza o sujeito e sua subjetividade é imperativo para o sucesso no desenvolvimento cognitivo, criando oportunidades, considerando o conhecimento já existente como importante ferramenta de base para a construção de novos saberes, oferecendo meios para que o aluno reflita sobre sua aprendizagem, será a diferença entre momentos significativos de construção de conhecimentos ou uma mera transmissão de conteúdo sem relação com o real e a vida do aprendente. Logo, para que o sucesso nos processos de ensino e aprendizagem sejam conquistados é necessário que o professor tenha um forte domínio teórico, uma prática coerente e se preocupe educação transcendente e formadora de sujeitos críticos e atuantes na sociedade.

Referências

BERTRAND, Yves. Teorias contemporâneas da educação. Rio de Janeiro: Instituto Piaget, 2001.
BETONI, Camila. Positivismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/sociologia/positivismo/. Acessado em 20 de junho de 2016.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire, São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Editora Ática, 2006.
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel dos Interações Sociais na Sala de Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf. Acessado em 22 de junho de 2016.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: APU, 2003.
SANTOS, José Alex Soares. Teorias da Aprendizagem: Comportamentalista, Cognitivista e Humanista. Disponível em: http://blogs.virtual.ufc.br/licie/wp-content/uploads/2013/07/100416101846Revista_SIGMA_2_Parte_3.pdf. Acessado em 20 de junho de 2016.
TAILLE, Yves de la; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloísa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Coord.) Repensando a didático. Campinas, SP: Papirus, 2004.


*Graduado em Pedagogia pela FAPA/RS, Especialização em Psicopedagogia pela Uninter/PR.
[1] In: http://blogs.virtual.ufc.br/licie/wp-content/uploads/2013/07/100416101846Revista_SIGMA_2_Parte_3.pdf
[2] Antecessor do Comportamentalismo, baseada na filosofia empirista e positivista, coloca que o comportamento humano advém do ambiente e seus estímulos.