sábado, 10 de dezembro de 2016

Cartel: A importância do não-saber no espaço do conhecimento.

     A experiência em participar de um Cartel é única, mesmo sendo uma atividade coletiva, as sensações e sentimentos que emergem deste momento são muito pessoais. A troca entre os membros é o ponto chave para a construção de novos conhecimentos sobre a psicanálise, e dentro deste espaço de conhecimento há um lugar muito importante, o do Não-saber. Ele faz com que o sujeito saia de sua zona de conforto, destituindo-o do patamar de detentor do saber, patamar este na qual todos nos encontramos enquanto adultos.
     A beleza do Cartel é essa: não há um mestre. Como me foi dito num Cartel do qual faço parte: "O não-saber é tão importante quanto o saber". Quando admitimos o não-saber, abrimos espaço para a construção de novos conhecimentos, aceitamos humildemente que a ignorância nos acompanha e o saber pode e deve vir das maias diferentes áreas e lugares. Precisamos de saberes oriundos de diversos lugares, e o Cartel contribui em agregar novos conhecimentos. A cada encontro, novos saberes são construídos e laços interpessoais são fortalecidos, o que contribui para o crescimento profissional e pessoal de cada cartelizante.
     O Cartel que serve como base para a escola de Lacan, onde todo aquele que possui o desejo pelo conhecimento e/ou quer se aprofundar na teoria e prática psicanalítica pode participar, assim abrindo uma porta para uma diversidade de saberes, ao englobar pessoas das mais diferentes áreas do conhecimento e com as mais diversas experiências de vida.
     A participação em um Cartel parte primeiramente do desejo de estudar a psicanálise e sua relação com o sujeito e a sociedade em todas as suas nuances. quando 4 + 1 se encontram com o desejo em comum pelo saber psicanalítico, surge um Cartel, tendo como norte um assunto em comum, embasado por textos e escritos de Sigmund Freud e Jacques Lacan e outros expoentes da teoria e prática psicanalítica. Nos debruçamos afim de esmiuçar estes escritos, expondo suas ideias e pensamentos, com o intuito da formação continuada e a construção de novos conhecimentos, num processo de ensino e aprendizagem mútuo e horizontal.
     Nestes estudos vimos que textos como "Os Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade" (1905), "Eu e o Isso" (1923) e "Mal-Estar na Civilização (1930) de Sigmund Freud são extremamente atuais em 2016, sendo temos que ainda constrangem e polemizam nessa sociedade heterossexista e patriarcal. Isto demonstra um grande grau de imaturidade desta sociedade, que não consegue evoluir e aceitar a diversidade que está implícita ao ser humano.
     Por fim, encontrei no Cartel um espaço de estudos que há muito tempo desejava. Um espaço de troca, onde cada sujeito está ali por prazer, em busca de autodesenvolvimento, onde não há um ser que possua o saber total ou único. Um espaço de estudos, de reforçar laços interpessoais, criar amigos e parceiros. O Cartel é o espaço de estudos mais lindo e único que existe, pois há um grande lugar para o conhecimento, além de abrir espaço para o Não-saber, o´que faz desta experiência transcendental.

(Este produto foi apresentado no Iº Simpósio de Cartéis do Fórum do Campo Lacaniano - Curitiba, no dia 03/12/2016.)

Thiago Lopes de Lima
Psicopedagogo e Coordenador de Comunicação do Fórum do Campo Lacaniano -Curitiba

Iº Simpósio de Cartéis do FCL - Curitiba

     No dia 03 de Dezembro de 2016 foi realizado o Iº Simpósio de Cartéis do Fórum do Campo Lacaniano - Curitiba. Com a participação em vídeo de Silvana Pessoa com uma fala sobre o Cartel maravilhosa, abordou pontos importantes realizando ótimas colocações.Num segundo momento da renomada Dominique Fingermann trouxe uma fala repleta de ótimas reflexões sobre Psicanálise. Juntamento nesse espaço de grande conhecimento, que tive a honra ( e já agradeço em especial o Psicanalista e amigo Robson Mello por ter lançado o desafio e acreditado em mim) de realizar minha primeira (espero de muitas outras) exposições de fotografias tiradas por mim, numa visão bem pessoal e otimista das belezas de Curitiba. Fiquei muito feliz com a demonstração de apreço por mim e por minhas fotografias. Logo, esse sábado foi um dos melhores dias do ano, pois estava fazendo o que gosto, ao lado de pessoas que gosto mais ainda.... Obrigado!
Também quero agradecer a Professora Alexandra, da FAE, que acolheu com muito carinho a ideia da exposição. Que essa parceira entre a FAE (na pessoa da Professora Alexandra) e o Fórum do Campo Lacaniano - Curitiba, dê muitos frutos de conhecimento, aprendizagem e desenvolvimento pessoal. 












terça-feira, 29 de novembro de 2016

Filme: O Pequeno Príncipe

Um filme muito interessante de vários pontos. Intrigante, emocionante, reflexivo. 
Sobre a história principal "O Pequeno Príncipe" sem comentários, uma história linda, de uma pureza quase que infantil (no seu mais amplo sentido). 
Mas de modo singular, observe a relação de mãe e filha das personagens da história paralela, observe como é importante a intervenção do 'velho piloto' nessa relação. Assista a esse filme, compreenda as nuances de todas as relações que se estabelecem no filme.


Convite: I Simpósio de Cartéis do FCL-Curitiba


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Beleza

O Belo é algo muito pessoal, mas pode ser aprendido. Abra seus olhos e enxergue a beleza simples que o rodeia. A beleza está nas pequenas coisas, nos momentos mais simples do seu dia. Exercite seu olhar, sua escuta, seu tato, todos os seus sentidos, passe a sentir o mundo por completo e com prazer. Tenha prazer e fique feliz por tudo que fizer, faça o seu melhor, dê o seu melhor. Se você se doar 100% irá ganhar como retorno 100% do outro também. Logo seja feliz e veja a beleza que está ao seu redor, enxergue a beleza de seu amor.
Foto: ThiLopes - 2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Dinâmica: Caminho da Floresta




Se desligue do mundo.

Limpe seus pensamentos.

Respire fundo... Inspire pelo nariz e expire lentamente pela boca.

Você está em um caminho. Como é esse caminho?

Você está sozinho agora. Caminhe em frente.

Olhe esse caminho, observe todos os detalhes que existem nele.

Continue seguindo por esse caminho.

Durante essa caminhada, quais cheiros você sente?
Sinta a brisa leve que bate em direção ao rosto de forma agradável.

Pare! Olhe! Há uma casa no fim desse caminho.

Agora, pare em frente a essa casa, observe-a.

Como é essa casa?
Olhe que porta interessante, observe os entalhes na porta.
Tem algo escrito no tapete. O que está escrito?
 A porta está fechada... trancada.
Embaixo do tapete há uma chave. Como é essa chave?

Agora, abra a porta. Entre!

Observe o ambiente. Como é essa casa?

Observe os móveis.

Tem fotos pela casa? O que elas mostram?

Ande pela casa, explore.

Um barulho no quarto. Vá olhar! 

Abra a porta e entre!

Sério? É você que está aqui?
Faz algum tempo que não nos vemos.

Vá até essa pessoa. Quem é?

Olhe. Abrace. Sinta essa pessoa.
Muita coisa para contar e pouco tempo.

Está ficando tarde. Você deve despedir-se e ir embora.

Se despeça desta pessoa.

Saia pela porta.
Feche-a e use a chave para trancá-la.

Agora, você tem uma escolha a fazer.
Deixar a chave onde a encontrou ou leva-la consigo.

Volte pelo caminho.
Algo mudou?
Respire fundo...
Abra os olhos...
Sente-se de forma confortável.
-- A partir desse momento pode montar uma roda para compartilhar sensações e sentimentos. Faça explanações e questionamentos para estimular que os participantes compartilhem.
(Texto adaptado por Thiago Lopes de Lima)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

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Avaliação e acompanhamento psicopedagógico
(41) 9581-0410
Thiago Lopes de Lima


Artigo: Teorias da Aprendizagem

Teorias da Aprendizagem
Thiago Lopes de Lima*
Introdução
            Dominar o conhecimento sobre as teorias da aprendizagem é fundamental para quaisquer profissionais da educação. Conhecer às “regras” que regem cada teoria é importante, contudo saber a hora de contorna-las é ainda mais necessário para uma prática eficaz e significativa. Ao longo da história da educação surgiram teorias que apresentaram visões bem distintas dos papeis do professor e do aluno frente a aprendizagem.
            Em cada teoria há seus expoentes, pensadores que norteiam a teoria, dando-lhe uma aplicabilidade mais prática. Cabe deter-se nas abordagens comportamentalista, cognitivista, humanista e sociocultural e seus principais teóricos. Assim, explanar sobre as teorias da aprendizagem não é uma tarefa fácil, pois não são estanques, e sim, surgiram a partir de mudanças gradativas necessárias para uma evolução, vicissitudes imprescindíveis para uma quebra de paradigmas.
            Logo, ao discorrer sobre o tema é trazer à tona e refletir que pontos favoreceram para o fortalecimento ou declínio das teorias da aprendizagem. Além de expor o que os pensadores mais atuais apresentaram como contribuições para estas teorias. Todavia, ao compreender a ação pedagógica como algo que possui um ritmo próprio, verifica-se que toda teoria possui lacunas, muitas vezes preenchidas com práticas alternativas que estrai o melhor de uma teoria da aprendizagem mesmo que essa não faça parte de todo o processo de aquisição do conhecimento no âmbito que se está inserido.

Abordagem Comportamentalista
            A abordagem comportamentalista, mais conhecida como Behaviorismo, centra-se na observação do comportamento e na resposta ao estímulo do meio, logo, a aprendizagem ocorre a partir da mudança no comportamento do sujeito. A teoria comportamentalista recebeu grande influência da filosofia positivista, por basear-se em observações empíricas e a influência do meio sobre as ações do indivíduo. Para os comportamentalistas há uma relação intrínseca entre o meio e o comportamento, em que o sujeito responde aos estímulos do seu entorno. Entre os pensadores dessa teoria, pode-se destacar: Ivan Pavlov (1849 – 1936), Edward Thorndike (1874 – 1949), John Watson (1878 – 1958) e Skinner (1904 – 1990).
            Nesta abordagem o papel do professor é criar um comportamento a partir de uma série de estímulos, além da repetição mecânica que leva à memorização, e assim a aprendizagem. Logo o foco está nos conteúdos e no professor, que detêm o conhecimento e o transmite ao aluno, levando a um modelo de aprendizagem mecanicista e receptiva. Já o aluno é visto como um sujeito passivo, que recebe os estímulos do professor e através da memorização se estabelece a aprendizagem. Percebe-se que o professor é um instrutor que modela o comportamento e o aluno um receptor passivo que é modificado através de um estímulo X esperando uma resposta X.
            Assim como cita José Alex Soares Santos[1] “(...) o Behaviorismo desenvolveu-se num conteúdo em que a Psicologia buscava sua identidade como ciência, enfatizando o comportamento em sua relação com o meio. ” Logo, observa-se essa teoria um tanto generalista, pois a partir de um estímulo, esperava-se que o grupo tenha a mesma resposta, sem levar em consideração as individualidades de cada sujeito aprendente.
Ivan Pavlov (1849 – 1936)
            Ficou conhecido pelo seu trabalho que evidenciou o papel do condicionamento na psicologia do comportamento. Pavlov ao estudar a produção de saliva que o cachorro apresentava frente a estímulos gustativos diversos, percebeu que ao receber o estímulo, o cachorro saliva, assim ganhava a recompensa, depois de um tempo, o cachorro recebia o estímulo e salivava, mesmo que não ganhasse sua recompensa. Pavlov chamou esse mecanismo de condicionamento clássico, em que as respostas podiam ser inatas, reflexos incondicionados, e os reflexos condicionados, implantado no sujeito a partir de estímulos direcionados à sua resposta esperada.
Edward Thorndike (1874 – 1949)
Thorndike foi o principal representante do Associacionismo[2], percebeu que um ser vivo ao passar por uma experiência/estímulo agradável tenderá a repeti-lo, buscando a mesma experiência de satisfação, logo sempre que passar pelo mesmo estímulo, seu corpo se preparará para uma resposta já incorporada. Foi um grande expoente da Psicologia na América do Norte.

John Watson (1878 – 1958)
            É considerado o fundador do behaviorismo ocidental, propôs a  quebra da separação entre a psicologia animal e a psicologia humana, pois defende que os procedimentos da psicologia animal poderiam abrir novos caminhos para a compreensão do comportamento humano. Seu trabalho com a psicologia animal teve influência direta dos experimentos de Ivan Pavlov, porém defende o uso dos conceitos da psicologia animal para a compreensão do comportamento humano. Watson desconsiderava a influência da biologia e da hereditariedade, por acreditar que todos os animais (incluindo os humanos), são predispostos a responder aos estímulos, sendo condicionados por ele, criando marcas e sendo incorporados pelo animal, de acordo com uma ciência mais objetiva, não se preocupando com o sujeito subjetivo, pois o indivíduo e o que ele faz é o meio determina.
Skinner (1904 – 1990)
            Provavelmente o mais conhecido representante do behaviorismo, principalmente no Brasil. Estudou a relação entre o estímulo e a resposta na modificação do comportamento humano. Diferencia-se de Pavlov ao sugerir o conceito de condicionamento operante, em que o estímulo é focado buscando uma resposta positiva, através de um reforço positivo ou uma resposta negativa, através de uma punição, contudo dependem da natureza do estímulo e que mudança pretende realizar. Skinner apresenta dois tipos de comportamentos: o reflexo com respostas involuntárias e o operante que é uma resposta no organismo a partir de um reforço positivo ou negativo, diferenciado e repetitivo, afim de modelar o comportamento.

Abordagem Humanista
            Nesta abordagem propõe que o desenvolvimento do sujeito seja completo, valorizando o cognitivo, o motor e o afeto nos processos de ensino e aprendizagem. Logo o foco está no aluno, levando em conta a subjetividade de sujeito. O humanismo tenta dissuadir a ideia de um indivíduo mecânico, que é a expressão de uma aprendizagem cientificista, assim, esta teoria surge para contrapor o behaviorismo.
            O papel do professor nesta abordagem é explicado por MIzukami (2003, p. 38) em seu livro Ensino: as abordagens do processo,
“O professor em si não transmite conteúdo, dá assistência, sendo facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências dos alunos. A atividade é considerada um processo natural que se realiza através da interação com o meio (...). O professor não ensina: apenas cria condições para que os alunos aprendam. ”

            No Brasil os dois teóricos mais difundidos foram Alexander Sutherland Neill (1883 – 1973) e Carl Rogers (1902 – 1987).
A. S. Neill (1883 – 1973)
            Educador progressista, da Escócia, fundador da Escola Summerhill. Acreditava que o aluno deve desenvolver suas emoções, tanto quanto o intelecto. Assim, um sujeito emocionalmente maduro e seguro estará mais propenso a um desenvolvimento completo. O aluno deve ter autonomia para que a aprendizagem aconteça, Neill não acreditava que castigos e recompensas em relação aos processos de ensino e aprendizagem, pois o ensino não deve estar atrelado a eles, principalmente em relação a auto estima, pois, a recompensa viria a parir do sucesso do aluno e o castigo com o fracasso.
Carl Rogers (1902 – 1987)
            O ‘ensino centrado no aluno’ é a base de sua teoria, contudo a relação com o meio onde se está inserido, exerce grande influência nos processos de ensino e aprendizagem. Mizukami (2003, pg. 41) coloca que,
“Para Rogers a realidade é um fenômeno subjetivo, pois o ser humano reconstrói em si o mundo exterior, partindo de sua percepção, recebendo os estímulos, as experiências, atribuindo-lhes significado. Em cada indivíduo, há uma consciência autônoma e interna que lhe permite significar e optar, e a educação deverá criar condições para que essa consciência se preserve e cresça. ”

            Propondo uma abordagem centrada no aluno, o professor não deve interferir diretamente nos processos de ensino e aprendizagem, agindo como um facilitador ou mediador. E o aluno, um sujeito ativo, é o agente principal no seu aprendizado.

Abordagem Cognitivista
            A abordagem cognitiva tem como característica a investigação dos processos mentais, que são empiricamente difíceis de serem estudados, o que diz respeito a construção de novos conhecimentos. Essa abordagem foca em aspectos biológicos e cognitivos, presentes nos processos de ensino e aprendizagem. Mizukami (2003, p 59), coloca que,
“O termo “cognitivista” se refere a psicólogos que investigam os denominados “processos centrais” do indivíduo, dificilmente observáveis, tais como organização do conhecimento, processamento de informações, estilos de pensamento ou estilos cognitivos, comportamentos relativos à tomada de decisões etc.”

Jean Piaget (1896 – 1980)
            Nesta abordagem, Piaget pode ser considerado como expoente principal, salientando que a aprendizagem passa e é influenciada pelos fatores biológicos e também que o sujeito deva agir e estar ativo no que se relaciona aos seus processos de ensino e aprendizagem. Logo, há uma proposta de integralidade nesta teoria, pois a aprendizagem acontecerá após o sujeito passar pelos processos de desequilíbrio, assimilação, acomodação encontrando novamente um ponto de equilíbrio, assim construindo e se apropriando de um novo conhecimento. Focando também no caráter social, que faz parte dos processos de ensino e aprendizagem, utilizar o conhecimento prévio do aluno e sua vivência no meio onde está inserido, formará um sujeito social e ativo, que atuará diretamente sobre sua aprendizagem. Pode-se compreender que para Piaget, os processos de ensino e aprendizagem acontece da seguinte forma:
           Piaget compreende e conceitua o conhecimento como sendo a relação entre o sujeito e o objeto, contudo ressalva que este sujeito deve estar pronto e maduro biológica e cognitivamente. Para uma melhor compreensão, Piaget descreveu uma série de estágios pelos quais as crianças passam.
· Sensório-motor (0 – 2 anos): nesta etapa desenvolve-se o conceito de permanência do objeto, construindo esquemas sensório-motor, o sujeito será capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas.
· Pré-operatório (2 – 7 anos): este estágio a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. Idade dos porquês e do faz de conta, surge a linguagem.
· Operatório-concreto (7 – 11 anos): a criança começa a construir conceitos mais complexos, através das estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, não realiza abstrações, pois ainda está preso a conceitos concretos.
· Operatório-formal (+ 11 anos): é a fase em que o adolescente constrói o pensamento abstrato, conceitual, trabalha com hipóteses, diferentes pontos de vista, é sendo capaz de pensar cientificamente. Contudo, é importante lembrar que “Para Piaget, o conhecimento científico está em constante evolução” (Mizukami, 2003, p.68).
Piaget nos coloca que o professor deve “desequilibrar” os esquemas já existentes dos alunos, para que eles, atuando ativamente nos seus processos de ensino e aprendizagem, construam novos conhecimentos, encontrando um ponto de equilíbrio e acomodando esse novo saber. Assim, como afirma Mizukami (2003, p. 71), “A educação, portanto, é condição formadora necessária ao desenvolvimento natural do ser humano. ”

Abordagem Sociocultural
            No Brasil, o principal representante dessa abordagem é Paulo Freire em seu foco na cultura e na educação popular. Vygotsky e Piaget também contribuíram para o desenvolvimento dessa abordagem, Piaget defende que o professor não é o único detentor do conhecimento, e sim, faz parte de um processo mais complexo de construção do conhecimento. Vygotsky destaca a influência do meio nos processos de ensino e aprendizagem. O sujeito é formado para que possa se utilizar do que a sociedade oferece, contudo é uma via de mão dupla, pois é necessário que este indivíduo também contribua para o desenvolvimento do meio onde está inserido.
            Essa abordagem coloca que o sujeito traz consigo já conhecimentos e é a partir deles que o professor deve trabalhar, ampliando e desenvolvendo, fazendo com que o aluno atue e seja um agente da sua própria aprendizagem. Mizukami (2003, p.94) confirma a importância do sujeito como protagonista de sua aprendizagem.
“Toda ação educativa, para que seja válida, deve, necessariamente, ser precedida tanto de uma reflexão sobre o homem como de uma análise do meio de vida desse homem concreto, a quem se quer ajudar para que se eduque. O homem se torna, nesta abordagem, o sujeito da educação. “

Paulo Freire (1921 – 1997)
            É o Patrono da Educação Brasileira, considerado um dos pensadores que mais influenciou o pensamento educacional brasileiro e também no mundo. Freire focou na educação popular, principalmente com os indivíduos que viviam ás margens da sociedade. Trabalhando a partir dos conhecimentos prévios do aluno e fazendo com que o aluno fosse protagonista de seu desenvolvimento educacional, seu objetivo era contribuir para que o sujeito seja crítico e atuante na sociedade. Paulo Freire era contrário, ao que chamou, de educação bancária, em que o professor é o detentor do saber e deposita esse conhecimento no aluno que vinha de um estado de ignorância. Ele propôs uma visão mais crítica dos processos de ensino e aprendizagem.
Vygotsky (1896 – 1934)
            Para Vygotsky a linguagem tem um papel fundamental nos processos de ensino e aprendizagem. Pois é a partir da linguagem que o sujeito se relaciona com o meio onde está inserido. Vygotsky não criou uma metodologia de trabalho, mas ofereceu uma reflexão sobre a aquisição de novos conhecimentos, possibilitando que o educador possa transcender suas práticas arraigadas, por uma prática que envolva o aluno nesse processo de desenvolvimento cognitivo. Ele propôs o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, que pode ser compreendida, como sendo a diferença entre o que o sujeito já sabe e domina, do que ele é capaz de fazer, suas potencialidades. Outro conceito trazido por Vygotsky é o da Plasticidade Cerebral, em que o cérebro é capaz de se modificar para suprir às necessidades do indivíduo. Pois acreditava que o funcionamento cerebral é a base de todas as funções psicológicas que são adquiridas ao longo do tempo. Também nos traz que ideia de um equilíbrio na relação entre aluno e professor, em que o professor oferece os meios e acompanha o aluno no seu desenvolvimento. Nesse sentido Mizukami (2003, p. 99) afirma que,
“A relação professor – aluno é horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real é necessário que o educador se torne educando e o educando, por sua vez, educador. Quando esta relação não se efetiva, não há educação. O homem assumirá a posição de sujeito de sua própria educação (...)
       Um professor que esteja engajado numa prática transformadora procurará desmitificar e questionar, como aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem e cultura deste, criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura.”

Essa abordagem mostra a importância de um sujeito ativo na sua aprendizagem e que o meio que o influencia, logo o conteúdo que já foi incorporado pelo sujeito é a base para a construção de novos conhecimentos.

Considerações Finais

            A educação é a chave para uma sociedade crítica e atuante, contudo a ignorância auxilia na manutenção do poder de uma pequena parcela que se beneficia, tirando proveito de uma parte da sociedade que já sofre com suas próprias mazelas. A educação deve contribuir para a formação de sujeitos críticos, que colaborem para uma mudança qualitativa social.
            Percebe-se que ao longo da história houve uma necessidade de avanço e que o sujeito fizesse parte e tomasse frente no que se relaciona aos processos de ensino e aprendizagem. O sujeito agora mais autônomo deve escrever, ser o protagonista de sua própria história, deve ter sede pelo conhecimento e sobretudo ter clareza de como utilizar esse saber.
            Esse sujeito deve ser capaz de refletir sobre o que lhe é passado, não ficando passivo, aceitando tudo como verdades absolutas. Nesse sentido, as teorias cognitivas abriram um espaço importante, principalmente, para o desenvolvimento integral do sujeito. Com o passar dos tempos houve a necessidade de valorizar o indivíduo que aprende, ultrapassando a visão de um ser humano passivo, vazio, esperando o conhecimento já pronto. Esse indivíduo que passou a ser valorizado é ativo, que atua diretamente e é o protagonista nos seus processos de ensino e aprendizagem, refletindo sobre esse processo, o indivíduo construirá conhecimentos significativos, que servirão de base para o seu desenvolvimento cognitivo e também social.
            Por fim ter o domínio e conhecimento sobre as teorias de aprendizagem é fundamental para aquele profissional que almeja fazer uma diferença na vida de seu aluno. Utilizar uma teoria que valoriza o sujeito e sua subjetividade é imperativo para o sucesso no desenvolvimento cognitivo, criando oportunidades, considerando o conhecimento já existente como importante ferramenta de base para a construção de novos saberes, oferecendo meios para que o aluno reflita sobre sua aprendizagem, será a diferença entre momentos significativos de construção de conhecimentos ou uma mera transmissão de conteúdo sem relação com o real e a vida do aprendente. Logo, para que o sucesso nos processos de ensino e aprendizagem sejam conquistados é necessário que o professor tenha um forte domínio teórico, uma prática coerente e se preocupe educação transcendente e formadora de sujeitos críticos e atuantes na sociedade.

Referências

BERTRAND, Yves. Teorias contemporâneas da educação. Rio de Janeiro: Instituto Piaget, 2001.
BETONI, Camila. Positivismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/sociologia/positivismo/. Acessado em 20 de junho de 2016.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire, São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Editora Ática, 2006.
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel dos Interações Sociais na Sala de Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf. Acessado em 22 de junho de 2016.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: APU, 2003.
SANTOS, José Alex Soares. Teorias da Aprendizagem: Comportamentalista, Cognitivista e Humanista. Disponível em: http://blogs.virtual.ufc.br/licie/wp-content/uploads/2013/07/100416101846Revista_SIGMA_2_Parte_3.pdf. Acessado em 20 de junho de 2016.
TAILLE, Yves de la; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloísa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Coord.) Repensando a didático. Campinas, SP: Papirus, 2004.


*Graduado em Pedagogia pela FAPA/RS, Especialização em Psicopedagogia pela Uninter/PR.
[1] In: http://blogs.virtual.ufc.br/licie/wp-content/uploads/2013/07/100416101846Revista_SIGMA_2_Parte_3.pdf
[2] Antecessor do Comportamentalismo, baseada na filosofia empirista e positivista, coloca que o comportamento humano advém do ambiente e seus estímulos.



sexta-feira, 6 de maio de 2016

Sugestão de Filme: Anjos do Sol

Analise Crítica do Filme “Anjos Do Sol”
Anjos do sol é um filme brasileiro, lançado no Brasil em 18 de agosto de 2006 e nos Estados Unidos em 11 de agosto de 2006. Primeiro longa-metragem do cineasta brasileiro Rudi Lagemman, que transmite a realidade sobre a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Segundo os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no país, e pela Organização das Nações Unidas, calcula-se que o tráfico de seres humanos para exploração sexual movimenta cerca de 9 bilhões de dólares no mundo, e só perde em rentabilidade para o mercado ilegal de drogas e armas.
A história do filme se passa no interior do nordeste Brasileiro, onde Maria a personagem principal de apenas 12 anos de idade é vendida pelos seus pais no Sertão da Bahia, pois os mesmos não teriam condições financeiras de bancar uma família extensa. Sendo levada para trabalhar como prostituta em um garimpo na Amazônia. O filma mostra que essa prática é bastante real no interior do Brasil, pois juntamente com outras meninas são levadas para um bordel em um caminhão furgão, onde uma cafetina Nazaré realiza um leilão para satisfazer os desejos mais sujos de senhores de alto poder aquisitivo. Maria é então leiloada, por um deputado, na qual exige que a mesma deite-se com o seu filho de apenas 15 anos, como ambos não possuem experiências, o próprio deputado abusa sexualmente de Maria. Após a utilização sexual do Lourenço, ela e Inês, sua amiga são levadas para um prostíbulo em Vila do Socorro próximo a Floresta Amazônica, na qual a cidade é composta apenas por homens garimpeiros, onde era apadrinhada pelo dono da “Casa Vermelha”. Seu Saraiva dono do prostíbulo, continha muitas outras jovens, escravizadas. Na primeira noite ela ganhou roupa nova, perfume, e um quartinho, mas sem saberem que seriam cobradas como uma espesse de divida que elas possuíam. Nesta mesma noite, Saraiva, convidou toda a cidade composta apenas por homens a conhecer “as novas visitantes”, elas foram submetidas a uma jornada de sexo extensa, e o pagamento feito por elas eram com gramas de ouro. O filme aborda temas polêmicos como analfabetismo, tráfico de pessoas, pedofilia e exploração sexual. Contendo cenas fortes, e das quais vem aumentando em nosso país, onde crianças, adolescentes e adultos estão a mercê do mercado sexual. Alguns entram por falta de opção por que precisam se manter, outros são enganados com promessas de melhores condições. Após conseguirem fugir, foram recapturadas e levadas novamente ‘a casa vermelha’, e ao chegar lá Seu Saraiva, exigiu que informasse quem as ajudou, mas ficaram em silencio, então ele pegou Inês, para dá um passeio, e arrastou-a no carro até a mesma morrer. Ao longo do filme mostra a visita de um agente de saúde que faz o acompanhamento de saúde das meninas, como coleta de sangue entre outras, e ele informa a seu Saraiva que uma das meninas poderia está com Aids, ao longo da noite ele some com a menina sem explicar o seu paradeiro.
O analfabetismo é bem característico ao longo das cenas, por seus pais não as colocaram em escolas, por morarem em locais distantes a cidades, não conseguem ao menos conhecer as letras e números, com isso ela fica vulnerável a uma divida financeira com Saraiva, pois ele gastou com roupas, e ele visa apenas lucro em cima da escravidão sexual de Maria. Com um ambiente estressor na qual esta menina foi colocada, ela buscou a fuga, na busca de algo mais digno. Sua colega lhe indica uma senhora chamada Vera na cidade do Rio de Janeiro, sua fuga foi bem difícil, seu Saraiva e seus capangas procuraram-na em todas as partes da floresta, ela encontrou um carona a qual levo-a até a cidade.
Chegando ao destino por falta de conhecimento ela não sabia nem ligar para a senhora, observou outras pessoas ligando e assim conseguiu falar com outra cafetina chamada Vera, ela explorava jovens a estrangeiros, que falsificou uma identidade, nome falso, perucas, maquiagem, tudo para aparentar ser mais velha, e assim Maria é colocada novamente para vender seu corpo. Quando Vera negocia Maria ela consegue fugir mais uma vez, e percorrer a cidade, por não conhecer ninguém ela pedi carona, sem nenhum destino e encontra alguém na qual, busca uma companheira sexual para acompanha-lo.
 A exploração sexual e tráfico de pessoas, é um tema do qual muitos brasileiros não tem acesso, por não ser exposto na mídia, torna-se invisível aos olhos de todos, e este filme mostra cenas claras de como é realizada a venda de meninas inocentes pela sua própria família. Atrelada à exploração sexual encontra-se a pedofilia, onde no filme mostra que homens bem mais velhos procuram as meninas de idades bem inferiores. Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde a Pedofilia está na classe das parafilias caracterizada por um padrão de comportamento onde a fonte predominante de prazer encontra-se em crianças pré-púberes, (em crianças de até 13 anos de idade). O filme ainda expõe algumas práticas que envolvem a exploração sexual infanto-juvenil, como o leilão de meninas virgens, onde os personagens que lucram com esse mercado são aliciadores que compram as meninas de suas famílias, cafetões, donos de boates, políticos e coronéis. De acordo com o diretor de "Anjos do Sol", organizações não-governamentais (ONGS) brasileiras já estão utilizando o filme para ampliar a discussão sobre o tema. "O que é interessante é que o filme foi baseado na realidade, trazido para a ficção e agora volta a intervir na realidade".

Sobre os Autores:

Jordelma Veloso Costa - Graduanda em Psicologia pela Faculdade Santo Agostinho. Teresina-PI.
Juma Frota Rodrigues - Graduada pela Faculdade Santo Agostinho, Teresina-PI.

Fonte: https://psicologado.com/resenhas/analise-critica-do-filme-anjos-do-sol
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Caso ainda não tenha assistido...
Bom filme!


Sugestão de Filme: Como Estrelas na Terra, toda criança é especial!"

Dislexia: aprendendo a lidar com a diferença

Resenha do filme

"Como Estrelas na Terra, toda criança é especial"

Artigo por Mislene dos Santos Pinheiro - quinta-feira, 2 de maio de 2013


Dislexia: aprendendo a lidar com a diferença
Esse filme foi dirigido por Aamir Khan com o título original “Taare Zameen Par – Every Child is Special”, o lançamento foi em 2007 e se passa na Índia, conta a história de um menino chamado Ishaan Awasthi, ele sofre de dislexia estuda em uma escola normal e repetiu uma vez a terceira série e corre o risco de repetir novamente. O menino com apenas nove anos não consegue acompanhar a turma. O pai de Ishaan como todos de seu convívio não percebem que ele apresenta um distúrbio de aprendizagem, assim a criança sofre com o despreparo dos professores e colegas, além da rigidez e agressividade do pai.   
O pai é chamado pela diretora para conversar, diante de tantas reclamações decide colocar seu filho em um internato. O menino sofre, não consegue entender atitude de seu pai e acha que foi excluído da família por apresentar dificuldades em aprender e entende essa atitude como um castigo. Fica desmotivado por ninguém o compreender, perde a vontade de aprender e de ser uma criança, sente falta de sua mãe e seu irmão e quer voltar para casa.  O internato mantém uma filosofia baseada na disciplina, onde as regras devem ser cumpridas.
Tudo se modificou com a chegada do professor Ram Shankar Nikumbh para substituir o professor de artes, ele acredita nas diferentes habilidades em que cada criança apresenta e faz de sua aula um momento divertido onde as crianças tem sua atenção voltada para o que o professor ensina, diferente da metodologia dos outros professores e da escola que era tradicionalista.

Ao conhecer Ishaan o professor percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo, foi até a casa de Ishaan para conversar com seus pais. Esse não era um problema desconhecido pelo educador, pois trabalhava em outra escola que atendia crianças com necessidades especiais. Ele ensinou Ishaan a ler e escrever fora dos horários de aula e a partir desse momento o menino se sente motivado e se empenha nos estudos mostrando um resultado positivo. O filme preconiza a importância do professor para seus alunos, como podem trabalhar de forma criativa onde todos se sentem valorizados cada um mostrando suas habilidades dentro do que lhe é possível.
Esse filme nos retrata ao capítulo 7 “Educação escolar para todos do componente Necessidades educativas infantis onde é preconizado a inclusão e a participação ativa e efetiva de todos os alunos no processo de aprendizagem. A normalização, integração e inclusão possibilitam a convivência com as diferenças e contribui com a criação de diferentes espaços nas escolas regulares.
Os professores devem investir em sua aprendizagem tornando sua formação decisiva, essa formação deverá possibilitar o seu desenvolvimento como pessoa, com profissional e como cidadão, assumindo na sua prática social o exercer da intervenção para transformar, por isso merece atenção especial. Os futuros educadores devem saber lidar com esses problemas no contexto escolar, para poder encontrar meios e soluções para trabalhar com essa e as demais deficiências. As escolas devem se prepara para receber esse aluno e os professores devem investir em sua formação para que possa ensinar a todos com qualidade favorecendo o processo de inclusão.
É essencial para criança essa atenção vinda do educador, isso valoriza o ambiente de aprendizagem e a criança consegue sentir prazer em aprender, os pais devem contribuir e participar mais da vida escolar do aluno, todos trabalhando em equipe favorece o crescimento da criança, do profissional e da família podendo assim obter uma melhoria, resultados positivos e significativos. Todos os profissionais da educação devem assistir ao filme, pois retrata a realidade das escolas e contribui tanto para o crescimento profissional quanto para o crescimento pessoal.

Sobre o filme:KHAN, Aamir. 2007. Como Estrelas na Terra – Toda criança é especial. Índia: Estúdio/Distrib: Aamir Khan Productions.
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Caso você ainda não tenha assistido, aqui vai o link do filme postado no youtube, a qualidade é bem boa e vale muito assistir.


https://www.youtube.com/watch?v=oTqMHlBHQyQ
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Bom filme para você!!!